
Nada mais preconceituoso, retrogrado, machista do que esse texto que saiu hoje (13) na 
Folha de S. Paulo no caderno Ilustrada
 escrito por Luiz Felipe Pondé.   
Além de ter argumentos super clichês sobre o feminismo, como por exemplo "Mas parece haver umas pessoas por aí que acham que legal é  ser feia" ou "Cuidado ao passar a mão  nas pernas delas porque será como mexer nas suas próprias pernas" só fico pensando como uma pessoa, que pelo que me parece, não sabe nada sobre feminismo escreve uma crítica sobre.
Clichê porque o feminismo não se apropria dessas formas de rebeldia sem causa, para muito além disso, o feminismo significa a luta contra o sistema patriarcado que condena a vida das mulheres, por igualdade de gênero; o que é ser homem o que é ser mulher e o porque das diferenças objetivas entre eles, a luta pela autonomia das mulheres; divisão sexual do trabalho, melhores condiçoes de trabalho com remuneração digna;contra as diversas formas de exploração do trabalho da mulher, creches, pelos direitos de políticas públicas que protejam a mulher como a questão do aborto e a violência contra as mulheres, contra um mercado que escravisa o corpo e a vida da mulher, contra um sistema liberal que faz questão de, cada vez mais, criar formas de nos convencer o quanto as mulheres já são livres, a luta contra o livre mercado, contra a lesbofobia, homofobia, soberania alimentar, pela paz e demilitarização e etc.
Escrevo tudo isso, pois na minha visão Luiz Pondé acha que as mulheres não tem pelo o que lutar e ridiculariza o feminismo e as lutas das mulheres, posso afirma que esses argumentos são típicos de quem não se importa que haja mudanças na forma como nosso sistema funciona; escravizando pessoas, matando de fome, nas guerras, por poder, por perconceito, diminuindo as necessidades dos seres humanos ao ridículo e tudo isso reflete na vida das mulhere o chamado machismo.
Parece coerente a crítica feita por Luiz Pondé?
Leiam o texto:
Leiam para saber do que se trata.
por LUIZ FELIPE PONDÉ SOU   UM tanto maníaco por detalhes. Às  vezes, me pego pensando em Walter   Benjamin, o grande pensador judeu  alemão que se suicidou durante a   Segunda Guerra Mundial, e entendo sua  obsessão pelos detalhes do mundo.
A   matéria de que é feita a consciência muitas vezes se encontra nos    detalhes, principalmente nos restos do mundo, restos ridículos de um    mundo em clara agonia. Hoje vou dar um exemplo de como uma migalha do    mundo pode ser representativa do nosso ridículo.
O detalhe ridículo de hoje se refere a um novo movimento de  conscientização que nasce. Vejamos.
O   que haveria de errado em  mulheres que querem atrair os homens e por   isso se fazem bonitas?  Macacas atraem macacos, aves fêmeas atraem aves   machos.
Mas parece haver umas pessoas por aí que acham que legal é   ser feia. É,  caro leitor, se prepare para a nova onda feminista:   mulheres peludas.  Para essas neopeludas que não se depilam ter pelos   significa ser  consciente dos seus direitos.
Quais seriam esses   "direitos"? De ser feia? De parecer com homens e  disputar o Prestobarba   de manhã? Antes, um reparo: "direitos" hoje é uma  expressão que serve   para tudo. Piolhos terão direitos, rúculas terão  direitos, ratos já  têm  direitos. Temo que apenas os machos brancos  heterossexuais não  tenham  direitos.
Pensou? Machista! Desejou? Machista! Deu um  presente?  Machista! Se você  aceitar ser eunuco, obediente, desdentado  e, antes de  tudo, temer a  fúria das mal-amadas, aí você será  superlegal. De  repente, elas exigirão  uma sociedade onde todos terão  seu Prestobarba.  Cuidado ao passar a mão  nas pernas delas porque será  como mexer nas  suas próprias pernas.
Estou numa fase preocupado em  ajudar o leitor a  formar um repertório que  escape do blá-blá-blá mais  frequente por aí.  Por isso, nas últimas  semanas, tenho indicado  leituras. Proponho hoje a  leitura de "Feminist  Fantasies" (fantasias  feministas), de Phyllis  Schlafly, cujo prefácio é  assinado por Ann  Coulter, a loira  antifeminista que irrita a esquerdinha  obamista,  antes de tudo, porque é  linda, com certeza.
Para piorar, Ann Coulter  é inteligente e  articulada. Mas, em se tratando  de mulher, é antes de  tudo a inveja  pela beleza da outra que move o  mundo a sua volta.
Dirão  as  ideólogas do "eunuco como modelo de  homem" que a culpa é nossa   (masculina) porque as mulheres querem nos  seduzir e, aí, elas se batem   na arena da sedução. Mas, se elas não  quiserem nos seduzir, qual seria  o  destino de nossa espécie? Para que  elas "serviriam"? Deveriam elas  (as  que querem ser bonitas para nós  homens) ser condenadas porque são   normais?
O primeiro artigo deste livro é já uma pérola de provocação: "All I Want  Is a Husband" (tudo o que quero é um marido).
Contra a "política do  ódio ao macho", nossa polemista afirma que a maioria das mulheres, sim,  quer, antes de tudo, amor e lar.
Quando   elas se lançam na busca do amor e sucesso profissional em   "quantidades  iguais", mergulham numa escolha infernal (a autora   desenvolve a  questão nos ensaios seguintes) que marca a desorientação   contemporânea.  O importante, antes de tudo, é não mentirmos sobre isso e   iluminarmos a  agonia da vida feminina quando submetida à "política do   ódio ao  macho".
A vida amorosa nunca foi feliz. E nunca será. Mas a  mentira  da  "emancipação feminina" é não reconhecer que ela criou  novas formas  de  vida para a mulher em troca de novas formas de agonia.
Diz um amigo  meu que, pouco a pouco, as mulheres se tornam obsoletas. Por que não  haveria mais razão para investir nelas?
Conversando   sobre esses medos com alunos e alunas entre 19 e 21 anos,  percebi que   muito da "obsolescência da mulher" é consequência de três  queixas   masculinas básicas: 1. Elas são carreiristas; 2. Não valorizam a    maternidade; 3. Não cuidam da vida cotidiana da família. Associando-se a    este "tripé", o fato que elas começam a ganhar bem, nem um "jantar" é    preciso pagar para levá-las à cama. Resultado: a facilidade no sexo  de   hoje é a solidão de amanhã.
Mergulhadas em suas exigências infinitas, morrem à janela,  contabilizando as horas, contemplando o próprio reflexo.
Uma pesquisa feita no Google por uma amiga, Thandara Santos, revelou algumas fontes de onde o autor bebe e vejam:
1.Estudos em Mística e Santidade
2. Ciências da Religião
3. Pensamento Conservador
4. Filosofia da Religião
Parece que ele aprendeu muito nesses estudos... aprendeu a ser um machista conservador intragável assim como a 
Folha de S. Paulo, que permite um texto desse circular.
Conheça um movimento feminista de mulheres:
  www.sof.org.br
 Marcha Mundial das Mulheres
Marcha Mundial das Mulheres