quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mulher violentada eu não quero mais saber,
Tudo o que eu quero é mulher livre ser.


Violência contra a mulher: manifestação de desigualdade de gênero


A muitos e muitos anos atrás havia uma lei no Brasil que legitimava o assassinato da mulher pelo seu marido em caso de adultério. A muitos anos atrás essa lei foi alterada, porém nada mudou.


Ainda hoje a violência contra a mulher é legitimada. Sempre há uma forma de tirar a responsabilidade e culpa do machismo geralmente colocando a culpa na própria mulher que foi violentada.


Se uma mulher é estuprada é porque ela vestia uma mini-saia.

Se ela é espancada é porque o homem estava bêbado.


Se a mulher leva tiros do seu parceiro é porque o rapaz apaixonado ficou com ciúmes... É um crime passional.


Em média uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, isso sem contar os outro tipos de violência contra a mulher. Isso não parece normal, mas é naturalizado.


A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer!


A violência contra as mulheres é um fenômeno antigo que ocorre em vários paises de diferentes modelos econômicos, entretanto é mais freqüente em culturas machistas do que culturas que buscam uma relação mais igualitária de gênero.


Não posso deixar de dizer que o sistema patriarcado está diretamente ligado ao sistema capitalista que se mantém através da exploração dos povos, no caso das mulheres essa exploração é significantemente maior.Isso mostra uma relação direta entre sistema patriarcal - capitalista e violência contra as mulheres.


O modelo patriarcal propõe um sistema de dominação onde se cria uma relação de poder tornando a mulher vitima e refém dos desejos masculinos, tornando a mulher uma propriedade.


A violência contras as mulheres são diversas e em todas as esferas da vida elas são colocadas em condições subalternas; nas relações sociais, sexuais, na divisão do trabalho, nas ruas e etc.


São assedios sexuais, agressões psicológicas, o salário inferior aos dos homens mesmo ocupando o mesmo cargo, violência domestica, estupro, falta de autonomia sobre o próprio corpo, falta de liberdade para escolher o que vestir e ir onde quiser a hora que quiser e por aí vai as várias formas de empoderamento sobre as vidas das mulheres que são tratadas como objetos pelo sistema que é machista e isso não é atoa. Esse empoderamento sobre a vidas das mulheres gera mais poder e lucro para o sistema economico.


Hoje, dia 25 de Novembro é o dia Latinoamericano e Caribenho de luta contra a violência a mulher. Hoje, nós mulheres de diversas regiões do Brasil, sairemos nas ruas para denunciar a opressão que as mulheres sofrem.